Lucas Nanini
Do G1, em Brasília
Aloizio Mercadante participou de palestra com Salman Khan nesta quarta.
Professores de SP usam vídeos da Khan Academy para ensinar alunos.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (16) que o MEC deve implantar até o final deste ano um plano para publicar na internet o conteúdo oferecido nas salas de aula das universidades brasileiras. O anúncio foi feito durante palestra do educador norte-americano Salman Khan no auditório do Ministério da Educação nesta quarta, em Brasília.
Segundo o ministro, a medida ainda está em fase de estudos. As aulas seriam filmadas e o conteúdo seria publicado na internet sem custo para a universidade. A adesão por parte das instituições seria voluntária.
“Isso vai abrir um espaço novo para produzir conteúdo multimídia, que vai estimular as novas gerações a se conectar e a se comunicar. Os resultados mostram que a educação digital melhora o desempenho do aluno. A expectativa é que o aluno possa assistir a aulas de todas as universidades a qualquer hora e em qualquer lugar”, afirmou o ministro.
A visita de Salman Khan, que é formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, na sigla em inglês) e pela Universidade Harvard, ao Brasil inclui, além da palestra no MEC, um encontro com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta. Na manhã da quinta-feira (17), ele participa de um evento em São Paulo com parceiros da Fundação Lemann.
Aula pela internet
Aloizio Mercadante participou de palestra com Salman Khan nesta quarta.
Professores de SP usam vídeos da Khan Academy para ensinar alunos.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (16) que o MEC deve implantar até o final deste ano um plano para publicar na internet o conteúdo oferecido nas salas de aula das universidades brasileiras. O anúncio foi feito durante palestra do educador norte-americano Salman Khan no auditório do Ministério da Educação nesta quarta, em Brasília.
Segundo o ministro, a medida ainda está em fase de estudos. As aulas seriam filmadas e o conteúdo seria publicado na internet sem custo para a universidade. A adesão por parte das instituições seria voluntária.
“Isso vai abrir um espaço novo para produzir conteúdo multimídia, que vai estimular as novas gerações a se conectar e a se comunicar. Os resultados mostram que a educação digital melhora o desempenho do aluno. A expectativa é que o aluno possa assistir a aulas de todas as universidades a qualquer hora e em qualquer lugar”, afirmou o ministro.
A visita de Salman Khan, que é formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, na sigla em inglês) e pela Universidade Harvard, ao Brasil inclui, além da palestra no MEC, um encontro com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta. Na manhã da quinta-feira (17), ele participa de um evento em São Paulo com parceiros da Fundação Lemann.
Aula pela internet
Mercadante também anunciou que vai adotar os vídeos da Khan Academy, fundada pelo educador americano Salman Khan, nos tablets que devem ser distribuídos pelo MEC aos professores da rede pública a partir do primeiro semestre deste ano. Os professores vão trabalhar o conteúdo produzido pela instituição nas aulas complementares, segundo o ministro.
Em São Paulo, alunos do quarto e quinto anos do ensino fundamental de 200 escolas públicas do estado terão acesso às aulas de matemática produzidas pela equipe de Khan a partir deste ano letivo. O programa é implementado pela Fundação Lemann e teve início no segundo semestre de 2012, com um projeto-piloto em 45 escolas municipais da capital.
A fundação, em parceria com o Instituto Natura e o Instituto Península, é responsável pela versão em português dos vídeos da Khan Academy. A instituição já produziu 3,8 mil aulas de diversas disciplinas, como matemática, química, física, biologia. Khan afirmou, durante a palestra desta quarta, que as aulas são acessadas mensalmente por mais de 6 milhões de pessoas. Em português, já são mais de 400 vídeos e mais de 1,6 milhão de visualizações.
Segundo o diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, a avaliação inicial do projeto mostra que os alunos têm mais interesse pelas aulas com a utilização da metodologia criada por Khan. “O entusiasmo do aluno é maior, o nível de uso da internet aumenta e o número de faltas diminui.”
Tecnologia e educação
Em sua palestra, Khan afirmou que o uso da tecnologia na educação permite individualizar o ensino. Com isso, as chances de aprender são maiores e os próprios alunos podem ajudar a compreender as lições.
"Muitos acreditam que a tecnologia vai fazer uma coisa desumana, mas a tecnologia faz com que a sala de aula se torne mais humana, há mais interação entre os alunos e os professores, entre os alunos e outros alunos. Disponibilizar a aula em vídeo faz com que o aluno que não entendeu uma lição possa parar, ouvir de novo, de uma forma que não haja estresse, sem ser questionado por que não entende, sem constrangimentos”, disse.
Na opinião de Khan, o sistema de ensino adotado pelas escolas é do século 17. Por esse modelo, o aluno é muito passivo. “Todos seguem no mesmo passo, determinado pelo professor. Se você deixa o aluno seguir o próprio passo, ele aprecia de forma melhor e aprende mais”, afirmou o educador.
Para ele, permitir ao aluno acessar o conteúdo das aulas pela internet torna mais democrático o acesso à educação. "Um problema do ensino sempre foram os custos. Você pensa em um modelo para melhorar o desempenho dos estudantes e pensa: 'é caro'. Com esse novo modelo, não. O que o rico tem acesso o pobre também tem acesso. É o direito humano de ter acesso à educação”, diz.
Apesar de defender o uso da metodologia como ferramenta para ensinar, o educador diz que todos os meios que auxiliam o aluno a reter a informação e obter o conhecimento são importantes. “O giz, o papel, o tablet, a internet, tudo pode tornar o ensino mais humano e melhorar o potencial dos alunos.”
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