Usados para estimular a educação de jovens, equipamentos modernos dependem do envolvimento de professores para serem bem aproveitados
Fonte: Gazeta do Povo (PR)
A aposta de colégios paranaenses em aliar tecnologia ao ensino está crescendo e ao mesmo tempo despertando a atenção de especialistas sobre os reais benefícios que estes investimentos trazem aos alunos. Ontem, o Colégio Dom Bosco, de Curitiba, entregou tablets – computadores portáteis em formato de prancheta – a parte de seus alunos.
Amanhã, haverá o lançamento oficial de um projeto da prefeitura de Tibagi, nos Campos Gerais,que irá dispor equipamentos de multimídia a todas as Escolas da rede municipal.
No Dom Bosco, a iniciativa faz parte de um projeto do grupo e da empresa que controla suas operações, o Sistema Educacional Brasileiro (SEB). Suas inovações em tecnologia ganharam fôlego em 2008, quando foram implantadas lousas interativas digitais. No ano passado, alunos de duas séries receberam computadores portáteis (netbooks) com acesso à internet.
Dicas
Veja o que os pesquisadores Márcio Rogério Martins e Gláucia da Silva Brito apontam como necessário para o bom uso dos recursos tecnológicos no dia a dia das aulas:
- A tecnologia deve fazer parte de um processo de ensino diferenciado, não servindo apenas como uma nova ferramenta para um formato convencional.
- Utilizar novos recursos não significa desprezar os métodos tradicionais. A tecnologia depende dos temas e usos planejados para cada conteúdo.
- É essencial que o professor seja valorizado na criação do projeto, podendo influenciar na sua metodologia.
- Além de auxiliar no ensino dos conteúdos, os projetos também devem estimular os alunos ao uso consciente dos equipamentos tecnológicos.
“Para 2011, mantivemos parte da distribuição dos netbooks e começamos a levar os tablets a todos os alunos do 1.º ano do ensino médio de uma de nossas sedes”, explica Durval Antunes Filho, diretor-geral do Grupo Dom Bosco. A novidade chegou a 650 alunos. Mais 2,4 mil tablets serão entregues a alunos de outras Escolas do SEB.
O projeto de Tibagi diz respeito a um conjunto de equipamentos que auxiliarão as aulas em nove Escolas do município. Os kits contam com lousas multimídia interativas, projetores, computadores portáteis e canetas para projeção.
As Escolas estão sendo equipadas desde maio, enquanto os professores são treinados para o uso do equipamento, o que deve auxiliar no ensino de 2,7 mil alunos. Os investimentos totalizam R$ 1 milhão.
Além da tecnologia
A compra de computadores e equipamentos pode ser bem vista por professores e alunos, mas apenas o investimento em tecnologia não é capaz de “revolucionar” o ensino. Quem garante é a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, Gláucia da Silva Brito.
Para Gláucia, o ponto mais importante não é apenas o de disponibilizar os equipamentos, mas ter a tecnologia envolvida em um bom projeto educacional – o que envolve a necessidade de aprendizagem dos alunos, o potencial dos equipamentos e a participação dos professores no processo.
O diretor do Dom Bosco concorda. “O computador por si só não faz nada, mas, atrelado ao conteúdo desenvolvido para ele, pode ser um diferencial para facilitar o trabalho do docente e estimular os jovens”, diz Antunes.
De qualquer forma, Gláucia defende que a tecnologia deve ser vista como fundamental. “Os adolescentes já chegam à Escola muito avançados no tema e a questão passa a ser o modo pelo qual o professor vai conseguir decidir os meios e momentos de usar a tecnologia”, defende a pesquisadora.
Márcio Rogério Martins, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também vê o papel do professor como fundamental no uso de tecnologias educacionais. Para ele, o ganho dos alunos pode ser maior quando há um estímulo permanente dos docentes diante das potencialidades dos recursos tecnológicos no processo de ensino.
Amanhã, haverá o lançamento oficial de um projeto da prefeitura de Tibagi, nos Campos Gerais,que irá dispor equipamentos de multimídia a todas as Escolas da rede municipal.
No Dom Bosco, a iniciativa faz parte de um projeto do grupo e da empresa que controla suas operações, o Sistema Educacional Brasileiro (SEB). Suas inovações em tecnologia ganharam fôlego em 2008, quando foram implantadas lousas interativas digitais. No ano passado, alunos de duas séries receberam computadores portáteis (netbooks) com acesso à internet.
Dicas
Veja o que os pesquisadores Márcio Rogério Martins e Gláucia da Silva Brito apontam como necessário para o bom uso dos recursos tecnológicos no dia a dia das aulas:
- A tecnologia deve fazer parte de um processo de ensino diferenciado, não servindo apenas como uma nova ferramenta para um formato convencional.
- Utilizar novos recursos não significa desprezar os métodos tradicionais. A tecnologia depende dos temas e usos planejados para cada conteúdo.
- É essencial que o professor seja valorizado na criação do projeto, podendo influenciar na sua metodologia.
- Além de auxiliar no ensino dos conteúdos, os projetos também devem estimular os alunos ao uso consciente dos equipamentos tecnológicos.
“Para 2011, mantivemos parte da distribuição dos netbooks e começamos a levar os tablets a todos os alunos do 1.º ano do ensino médio de uma de nossas sedes”, explica Durval Antunes Filho, diretor-geral do Grupo Dom Bosco. A novidade chegou a 650 alunos. Mais 2,4 mil tablets serão entregues a alunos de outras Escolas do SEB.
O projeto de Tibagi diz respeito a um conjunto de equipamentos que auxiliarão as aulas em nove Escolas do município. Os kits contam com lousas multimídia interativas, projetores, computadores portáteis e canetas para projeção.
As Escolas estão sendo equipadas desde maio, enquanto os professores são treinados para o uso do equipamento, o que deve auxiliar no ensino de 2,7 mil alunos. Os investimentos totalizam R$ 1 milhão.
Além da tecnologia
A compra de computadores e equipamentos pode ser bem vista por professores e alunos, mas apenas o investimento em tecnologia não é capaz de “revolucionar” o ensino. Quem garante é a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, Gláucia da Silva Brito.
Para Gláucia, o ponto mais importante não é apenas o de disponibilizar os equipamentos, mas ter a tecnologia envolvida em um bom projeto educacional – o que envolve a necessidade de aprendizagem dos alunos, o potencial dos equipamentos e a participação dos professores no processo.
O diretor do Dom Bosco concorda. “O computador por si só não faz nada, mas, atrelado ao conteúdo desenvolvido para ele, pode ser um diferencial para facilitar o trabalho do docente e estimular os jovens”, diz Antunes.
De qualquer forma, Gláucia defende que a tecnologia deve ser vista como fundamental. “Os adolescentes já chegam à Escola muito avançados no tema e a questão passa a ser o modo pelo qual o professor vai conseguir decidir os meios e momentos de usar a tecnologia”, defende a pesquisadora.
Márcio Rogério Martins, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também vê o papel do professor como fundamental no uso de tecnologias educacionais. Para ele, o ganho dos alunos pode ser maior quando há um estímulo permanente dos docentes diante das potencialidades dos recursos tecnológicos no processo de ensino.
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