Quando o lápis vira mouse e o caderno, tela de computador, a interatividade e as possibilidades do meio online tornam o aprendizado de idiomas mais dinâmico. Com uma infinidade de ferramentas e um público que ultrapassa as fronteiras da sala de aula, muitos professores buscam dividir e compartilhar conteúdos linguísticos na web.
Junto a isso, cresce o número de redes sociais voltadas somente para a troca de informações entre pessoas de diferentes nacionalidades, em que o objetivo é ensinar sua língua nativa para interessados ou aprender inglês com um americano, por exemplo.
O site LiveMocha é um desses espaços. Ao criar um perfil com nome, idade e língua nativa, o interessado deve deixar claro que idioma deseja aprender e se está disposto a ensinar ou somente ser ensinado. A partir daí, a rede indica as melhores pessoas para ajudar e os perfis que precisam de auxílio. Criado em 2008, o site já tem 10 milhões de inscritos e mais de 30 possibilidades de idioma. Os sites Italki e Lang-8 seguem a mesma linha.
Mas será que é possível aprender sem o auxílio de professores formados e somente com trocas de experiência e conversação? Para Cíntia Borher, pedagoga especialista em educação a distância da organização Projetos Pedagógicos Dinâmicos, esse tipo de aprendizado não apenas é eficaz, como também é a melhor forma de conhecer outra língua na internet. "Na minha opinião essa forma é a que mais funciona, pois é viva e dinâmica. Além disso, cria vínculos afetivos, atiça a curiosidade e motiva o aluno constantemente", diz.
Cíntia acredita na possibilidade de dominar outro idioma somente por meio da web, mas lembra que isso só é possível quando existe comprometimento e organização do interessado. "A fixação do conteúdo vai depender única e exclusivamente do aluno. Ou seja, ele não pode contar com a cobrança e avaliação de desempenho por parte do professor", afirma. Outro ponto em que os "autodidatas online" devem ficar alertas é sempre contar com uma fonte segura que possa responder dúvidas, corrigir exercícios de gramática e avaliar a pronúncia das palavras.
Os estudantes podem encontrar esse tipo de ajuda nas próprias redes sociais voltadas para o aprendizado de idioma, ou em ferramentas eletrônicas da web. Exemplo disso é o programa Forvo, que funciona como um pronunciador de palavras online. Basta escrever o termo desejado na barra de busca que uma série de gravações, feitas por colaboradores do mundo inteiro, ficam disponíveis em sua tela. Depois, basta clicar nos links e escutar a fonética da expressão.
Blogs e vídeos são ferramentas
Pessoas prontas para ensinar é o que não falta no mundo online. Ao colocar as palavras idioma, aprendizado e blog em sites de busca, mais de 800 mil opções são expostas. Basta escolher o tipo de professor e módulo de aulas que mais lhe agradam.
O catarinense Ueritom Ribeiro Borges, 26 anos, é uma dessas pessoas. Escritor do site Inglês para Leigos, recebe mais de mil alunos diariamente. Fazendo uso de ferramentas como áudio, vídeos e dicas de programas virtuais, o professor de sistemas de informação virou craque em inglês e hoje já ganha dinheiro com isso. Borges explica que além dos posts no blog, ele também corrige exercícios e responde dúvidas por e-mail, telefone ou MSN.
O professor criou o espaço em 2008, com o único objetivo de mostrar para as pessoas que é possível aprender inglês sozinho. O fato é que Borges também já foi um aluno de inglês da internet. "Eu aprendi tudo por sites, blogs e também pelo LiveMocha, que ajuda bastante", conta. O morador de São José (SC), afirma que fez testes online que avaliam nível de inglês, e em todos foi considerado avançado. Para ele, a proficiência e a fluência só ocorrem quando existe uma vivência com as pessoas e com países que tenham o idioma aprendido como língua oficial.
Assim como Ueritom, muitos blogueiros ensinam diversos idiomas pela web e não são professores formados. "Desde que estejamos dispostos para o aprendizado, até mesmo leituras aparentemente informais podem ser grandes lições. Só é necessário checar as informações em livros didáticos ou com nativos por meio das redes sociais", diz a pedagoga Cíntia, especialista em educação dinâmica.
Além de blogs e sites, outra ferramento utilizada são as aulas-vídeo. Por meio de programas como o Youtube, diversos educadores têm gravado aulas e criado módulos de aprendizado. Duiglio Serato, 34 anos e natural de Como, na Itália, aprendeu português na internet e também no dia-a-dia de São Paulo, onde mora há três anos e trabalha como vendedor.
O estrangeiro começou a ministrar aulas de italiano para brasileiros pelo Youtube no ano passado. No site, já possui 224 seguidores e 13 vídeos feitos. "Em cada vídeo eu ensino uma coisa. Mas ainda estou no nível básico. Aos poucos eu devo passar para o intermediário e depois para o avançado", diz.
Somente com um dos vídeo, Duiglio chega a receber mais de mil visualizações. "Acho muito bonita essa troca que a internet possibilita. Mas não acho que é possível aprender o italiano somente com meus vídeos, eles servem somente como uma base para quem quer ter noções da língua", afirma
TERRA
Junto a isso, cresce o número de redes sociais voltadas somente para a troca de informações entre pessoas de diferentes nacionalidades, em que o objetivo é ensinar sua língua nativa para interessados ou aprender inglês com um americano, por exemplo.
O site LiveMocha é um desses espaços. Ao criar um perfil com nome, idade e língua nativa, o interessado deve deixar claro que idioma deseja aprender e se está disposto a ensinar ou somente ser ensinado. A partir daí, a rede indica as melhores pessoas para ajudar e os perfis que precisam de auxílio. Criado em 2008, o site já tem 10 milhões de inscritos e mais de 30 possibilidades de idioma. Os sites Italki e Lang-8 seguem a mesma linha.
Mas será que é possível aprender sem o auxílio de professores formados e somente com trocas de experiência e conversação? Para Cíntia Borher, pedagoga especialista em educação a distância da organização Projetos Pedagógicos Dinâmicos, esse tipo de aprendizado não apenas é eficaz, como também é a melhor forma de conhecer outra língua na internet. "Na minha opinião essa forma é a que mais funciona, pois é viva e dinâmica. Além disso, cria vínculos afetivos, atiça a curiosidade e motiva o aluno constantemente", diz.
Cíntia acredita na possibilidade de dominar outro idioma somente por meio da web, mas lembra que isso só é possível quando existe comprometimento e organização do interessado. "A fixação do conteúdo vai depender única e exclusivamente do aluno. Ou seja, ele não pode contar com a cobrança e avaliação de desempenho por parte do professor", afirma. Outro ponto em que os "autodidatas online" devem ficar alertas é sempre contar com uma fonte segura que possa responder dúvidas, corrigir exercícios de gramática e avaliar a pronúncia das palavras.
Os estudantes podem encontrar esse tipo de ajuda nas próprias redes sociais voltadas para o aprendizado de idioma, ou em ferramentas eletrônicas da web. Exemplo disso é o programa Forvo, que funciona como um pronunciador de palavras online. Basta escrever o termo desejado na barra de busca que uma série de gravações, feitas por colaboradores do mundo inteiro, ficam disponíveis em sua tela. Depois, basta clicar nos links e escutar a fonética da expressão.
Blogs e vídeos são ferramentas
Pessoas prontas para ensinar é o que não falta no mundo online. Ao colocar as palavras idioma, aprendizado e blog em sites de busca, mais de 800 mil opções são expostas. Basta escolher o tipo de professor e módulo de aulas que mais lhe agradam.
O catarinense Ueritom Ribeiro Borges, 26 anos, é uma dessas pessoas. Escritor do site Inglês para Leigos, recebe mais de mil alunos diariamente. Fazendo uso de ferramentas como áudio, vídeos e dicas de programas virtuais, o professor de sistemas de informação virou craque em inglês e hoje já ganha dinheiro com isso. Borges explica que além dos posts no blog, ele também corrige exercícios e responde dúvidas por e-mail, telefone ou MSN.
O professor criou o espaço em 2008, com o único objetivo de mostrar para as pessoas que é possível aprender inglês sozinho. O fato é que Borges também já foi um aluno de inglês da internet. "Eu aprendi tudo por sites, blogs e também pelo LiveMocha, que ajuda bastante", conta. O morador de São José (SC), afirma que fez testes online que avaliam nível de inglês, e em todos foi considerado avançado. Para ele, a proficiência e a fluência só ocorrem quando existe uma vivência com as pessoas e com países que tenham o idioma aprendido como língua oficial.
Assim como Ueritom, muitos blogueiros ensinam diversos idiomas pela web e não são professores formados. "Desde que estejamos dispostos para o aprendizado, até mesmo leituras aparentemente informais podem ser grandes lições. Só é necessário checar as informações em livros didáticos ou com nativos por meio das redes sociais", diz a pedagoga Cíntia, especialista em educação dinâmica.
Além de blogs e sites, outra ferramento utilizada são as aulas-vídeo. Por meio de programas como o Youtube, diversos educadores têm gravado aulas e criado módulos de aprendizado. Duiglio Serato, 34 anos e natural de Como, na Itália, aprendeu português na internet e também no dia-a-dia de São Paulo, onde mora há três anos e trabalha como vendedor.
O estrangeiro começou a ministrar aulas de italiano para brasileiros pelo Youtube no ano passado. No site, já possui 224 seguidores e 13 vídeos feitos. "Em cada vídeo eu ensino uma coisa. Mas ainda estou no nível básico. Aos poucos eu devo passar para o intermediário e depois para o avançado", diz.
Somente com um dos vídeo, Duiglio chega a receber mais de mil visualizações. "Acho muito bonita essa troca que a internet possibilita. Mas não acho que é possível aprender o italiano somente com meus vídeos, eles servem somente como uma base para quem quer ter noções da língua", afirma
TERRA
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