Alunos estudam e são avaliados utilizando a rede social
por LUIZA SAHD | 13/04/2011 17h 55
As redes socias estão crescendo de maneira vertiginosa no Brasil. Entre blogs, microblogs, redes de compartilhamento de fotos, imagens e vídeos, o Facebook é uma plataforma que mistura todos esses elementos e virou unanimidade entre os jovens.
Observando essas tendências e o comportamento de seus alunos, o professor de geografia Eduardo Castro, do Colégio Sidarta, em Cotia, resolveu apostar no Facebook como ferramenta de ensino à distância. "Pensava em criar um espaço fora de sala de aula para ampliar os estudos, e que viabilizasse uma interação com os alunos. Inicialmente pensei em um blog, mas, analisando o Facebook, vi que ali estava um meio com todos os elementos necessários para meu projeto de EAD", conta Eduardo.
- Use os dispositivos móveis e até o Facebook para estudar Em entrevista ao GUIA DO ESTUDANTE, o professor explicou que o conteúdo do ensino médio é extenso e nem sempre era possível contemplar assuntos da atualidade com a profundidade que mereciam. Dessa forma, o Facebook surgiu como um meio para a postagem de notícias, vídeos, links e arquivos que poderiam interessar aos estudantes.
O sucesso da iniciativa entre os alunos do 3º ano foi tanto que os alunos do 2º ano também pediram um grupo de Facebook para o professor. Hoje, o volume de interações da turma do 2º ano já superou a quantidade de postagens da turma de 3º ano.
Outra vantagem do Facebook, segundo o professor, está no uso do chat. "Essa ferramenta é muito simples e possibilita plena interação entre todos nós, tanto eu com eles, como entre eles próprios. Já percebi, na prática, como funciona bem", conta Eduardo, que vem tirando muita dúvida de aluno na véspera da prova via FB. "Eles estão sempre conectados e a receptividade é muito boa".
Embora a turma do 2º ano tenha recebido a novidade com entusiasmo, Eduardo Castro ainda não aplicou avaliações através do Facebook para esses alunos. A turma de 3º ano já foi convidada a postar comentários sobre materiais publicados na rede social valendo nota. De acordo com o professor, a escola respaldou a iniciativa desde o começo. "Esse tipo de interação [em redes sociais] já virou um hábito irreversível dessa geração. A escola não pode ficar fechada dentro dos próprios muros. Nós, educadores, só vamos conseguir interferir efetivamente na vida e nos interesses dos alunos quando alcançarmos a linguagem deles", diz.
GUIA DO ESTUDANTE
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