Explorar a história e fazer novas descobertas são experiências que podem ser vividas em visitas aos museus. Com o objetivo de aproximar o público dessa vivência, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com o Google Art, oferece – por meio da ferramenta Art Camera – imagens em alta definição de bens culturais pertencentes aos acervos on-line de cinco museus brasileiros.
A coordenadora de Estratégias de Sustentabilidade do Departamento de Difusão do Ibram, Patrícia Albernaz, conta que a aproximação entre o instituto e o site mantido pelo Google surgiu há alguns anos. “O Ibram tem, hoje, 29 museus”, informa. “Foi mais de um ano de diálogo, até efetivar um projeto piloto para cinco museus que já estavam com mais conteúdo digitalizado e em alta definição e que pudessem trabalhar narrativas para a plataforma do Google Arts & Culture. ”
A parceria reúne cultura, tecnologia e educação e busca divulgar acervos culturais, obras de arte e documentos históricos que estão fisicamente em museus e instituições, ampliando a acessibilidade para todos os públicos. “Nosso objetivo é fazer com que todos os museus do Ibram participem do projeto”, destaca Patrícia Albernaz. Nesta primeira fase do projeto, participam o Museu Imperial, em Petrópolis (RJ); o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), os museus Castro Maya e Histórico Nacional (MHN), localizados no Rio de Janeiro; e, em São Paulo (SP), o Museu Lasar Segall.
Visita on-line – O Google Art oferece produtos diversificados para o público externo, como o Museum Views, uma visita em 360 graus na qual o visitante navega como se estivesse dentro do próprio museu. Há também imagens de altíssima resolução. “A digitalização de obras desses acervos produzidas pelo Google possibilita ampliar a imagem inúmeras vezes até você ver os pixels dela”, detalha Patrícia. “Então, é possível observar minuciosamente os traçados, as pinceladas do autor, o craquelado da tinta e ter uma aproximação muito grande a olho nu dessa obra. ”
Esses recursos possibilitam um estudo mais aprofundado dos acervos, avalia a coordenadora “A ferramenta permite que estudantes e professores de artes, pesquisadores de história, por exemplo, tenham uma maior aproximação com as obras, o que muitas vezes só é possível com uma visita no local. Ainda assim, a visibilidade que o Art Camera proporciona dá um desdobramento de pesquisa muito amplo, o que auxilia os professores e de um modo geral. ”
Experiência – Com a ferramenta, os museus têm acesso ao número de visualizações e obras mais acessadas; assim, podem estudar o público e conhecer melhor seus usuários e visitantes virtuais, estruturando mudanças de acordo com a demanda apontada por meio do programa online. “Por trás dessa ferramenta há toda uma estatística de acesso disponível para os museus, então [o usuário] pode ver que obra que tem chamado mais atenção, quais as localidades, países que estão acessando mais esse acervo”, complementa Patrícia. “Assim, você pode entender um pouco mais do seu público e o interesse desse público. ”
A coordenadora enfatiza que os recursos não desestimulam as idas presenciais até os museus – pelo contrário, despertam e motivam para o conhecimento de obras já consultadas virtualmente ou ainda aprimoram aquela visita feita rapidamente durante uma viagem, por exemplo. “A experiência de estar dentro de um museu, essa imersão dentro de um museu, a possibilidade que você tem de diálogo com monitores do museu, é insubstituível, e pode ser complementada pela visita virtual”, explica.
Para acessar o programa, o usuário pode digitar o nome do museu no Google, clicar na opção “mapas” e arrastar o boneco amarelo – ícone que fica no canto direito inferior da tela – até a localização do museu indicada no mapa. Será possível visualizar de perto cada uma das obras e consultar informações. No campo de busca, também será possível acessar coleções e histórias de todo o mundo.
O projeto já reúne cerca de 45 mil obras on-line. Além do Brasil, onde 26 instituições firmaram parceria com o Google Arte, 60 países participam dessa iniciativa. Acesse a ferramenta aqui.
fonte: MEC
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