Softwares com conteúdo educacional são apresentados em feira em SP.
Programas permitem que aluno manipule virtualmente esqueleto humano.
  Com um clique, o aluno mistura sódio e água no laboratório reproduzido  na tela do computador. O experimento resulta numa explosão, virtual, e  está dada mais uma lição sobre reações químicas. Com um toque, o  professor manipula o sistema solar projetado na tela: muda planetas de  posição, aproxima e afasta estrelas e verifica a sombra projetada pelo  sol. Depois, com óculos especiais, o estudante faz uma incursão pelo  aparelho digestivo humano. Enxerga, com profundidade, estômago e  intestinos e ouve explicações sobre o funcionamento desses órgãos.
   As experiências são possibilitadas por softwares apresentados na feira  Educar 2011, realizada em São Paulo. Os recursos prometem motivar alunos  e professores e modificar a forma de aprendizagem na sala de aula.
“Um dos objetivos é criar um ambiente atrativo e motivador para  professores e alunos. Muitos anos atrás, meu pai teve o mesmo tipo de  aula que eu tive, talvez que você tenha tido e que nossos filhos estejam  tendo”, afirma Luís Carlos de Carvalho, diretor-executivo da Total  Educacional, empresa que está distribuindo no Brasil a “Sala de  Aprendizagem Interativa 3D”, um software fabricado na Índia com  conteúdos de matemática, física, química e biologia.
  O programa tem vídeos, textos, simulações interativas, laboratórios  virtuais, testes e links para internet, chamados “objetos de  aprendizagem”. O material é em inglês e logo ganhará uma versão em  português. Pode ser usado a partir das séries finais do ensino  fundamental, no ensino médio, profissionalizante e na educação de jovens  e adultos.
   “Com um objeto de aprendizagem de três, quatro ou cinco minutos, o  professor consegue fazer a explanação de determinado assunto que ele  levaria 50 minutos ou duas aulas de 50 minutos para fazer como cálculos  de área e de volume”, argumenta Carvalho.
   O apelo gerado pela popularização do cinema 3D surte efeito. No  primeiro dia de feira, segundo Carvalho, seis escolas fecharam negócio  para comprar o software.
   “Quando a gente fala com um diretor de uma escola, tem o viés  pedagógico que é extremamente interessante: você está levando para sala  de aula ferramentas que o professor até então não tinha. Esse é um  aspecto. E do ponto de vista de marketing, as escolas precisam atrair  novos alunos e reter os alunos atuais.”
   Antes mesmo que o 3D virasse “febre” nas produções de Hollywood, já  havia quem pensasse em usá-lo na sala de aula. Produzidos no Brasil, os  softwares da empresa P3D estão no mercado há cinco anos. São exportados  para cerca de 20 países.
  “Há cinco anos, isso era novidade. Agora, está virando necessidade”,  afirma Jane Vieira, representante da empresa. Os programas usam 3D em  “aquário”, ou seja, numa tela, e 3D com estereoscopia, com o uso de  óculos especiais. Nos dois, é possível manipular o conteúdo, ou seja,  mudar um objeto de posição, girar, afastar, aproximar etc. O programa é  vendido para escolas sob forma de uma "licença de uso" que custa em  torno de R$ 1,5 mil por mês.
   Outro recurso disponível para as escolas é o laboratório virtual, um  software que reproduz o ambiente físico de um laboratório real. A  animação mostra mesas, equipamentos e substâncias armazenadas. Algumas  funções do programa se assemelham a um “game”, permitindo que o aluno  escolha uma experiência dentre as que já estão prontas ou crie a sua  própria. Também é possível dissecar animais e ver vídeos de experiências  reais, como o protozoário que causa a doença de Chagas.
   “A gente precisa quebrar um pouco o fato de que computador é pra jogar.  Muitas escolas não têm laboratório e, levando o visual, é possível  tirar algo do imaginário e passar para o concreto”, opina Izabel Lemos  Ramos, coordenadora de tecnologia educacional do colégio Villa-Lobos, em  Salvador (BA). Uma das visitantes da feira, ela assistiu a uma  apresentação do Laboratório Virtual de Aprendizagem, lançado pela  Pearson.
   Izabel conta que já utiliza simuladores e ambientes virtuais para o  ensino em sala de aula. Segundo ela, muitos softwares livres e materiais  de apoio podem ser encontrados no site do Ministério da Educação. “Eu  vejo os meninos acharem bacana. Fica mais fácil para associarem o  conteúdo”, diz.
18ª Educar - Feira e Congresso Internacional de Educação
Local: Centro de Exposições Imigrantes, Rod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo.
Data: de 18 a 21 de maio
Horários: quarta-feiras das 13h às 19h30; quinta-feira das 9h às 19h45; sexta-feira das 9h30 às 18h15; sábado das 9h às 17h30.
Ingressos: a feira é aberta ao público, os seminários requerem inscrição.
18ª Educar - Feira e Congresso Internacional de Educação
Local: Centro de Exposições Imigrantes, Rod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo.
Data: de 18 a 21 de maio
Horários: quarta-feiras das 13h às 19h30; quinta-feira das 9h às 19h45; sexta-feira das 9h30 às 18h15; sábado das 9h às 17h30.
Ingressos: a feira é aberta ao público, os seminários requerem inscrição.
 
 
 
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